Os jovens entre 15 e 24 anos são 1,2 bilhão - 1/5 da população global, sendo que 87% vivem em países em desenvolvimento, quer dizer, em nações que normalmente não lhes possibilita o mínimo para viver e construir um futuro digno.
81 milhões estão oficialmente desempregados e um número muito maior já desistiu de procurar trabalho. Mais do que 152 milhões ganham até 1 dólar e 25 centavos por dia. Isto é, ao câmbio de hoje (16/8/11), R$1,99 - o que totaliza no máximo menos de R$ 60,00 ao mês. Ou seja, estamos falando de jovens em situação de miséria.No último mês de junho, em uma conferência da OIT (Organização Internacional do Trabalho), líderes jovens de todo o mundo identificaram um conjunto de medidas práticas para a mudança do atual cenário. Destaca-se:
2) Incentivar o empreendedorismo;
3) Implantar efetivamente os padrões internacionais de trabalho e defesa dos direitos trabalhistas e
4) Facilitar o engajamento dos jovens no diálogo e movimentos sociais;
Em 2011 milhões de jovens têm protagonizado a luta por mudanças em vários países, entre eles os europeus e os do norte da África. A forma de se expressar a necessidade por um outro mundo nem sempre tem se dado de maneira organizada, como a que está ocorrendo em algumas cidades inglesas.
Os desafios são muitos. Os jovens têm de lutar contra o consumismo disseminado diariamente sobre suas mentes, ao mesmo tempo em que convivem com pouquíssimas possibilidades materiais; os meios de comunicação, as religiões, a escola, a família - todas essas instituições - na maior parte das vezes - como também normalmente estão vazias de valores elevados, não têm o que transmitir e ensinar ou não o conseguem fazê-lo.
Os valores da solidariedade e do espírito coletivo também estão longe dos jovens que não passam por necessidades materiais, frequentemente são dominados pelo egoísmo e individualismo. Aliás, esse é o espírito que ronda toda a humanidade.Somente uma conscientização dos próprios jovens e dos vários atores sociais poderá, talvez, alterar substancialmente para melhor o que vivemos.