sexta-feira, 8 de abril de 2011

Juventude e sindicato: uma questão de democracia ...



A preocupação da inserção do jovem nos sindicatos tem gerado vários debates, entre eles o do envelhecimento do movimento sindical brasileiro, seja na idade de seus dirigentes,
 seja na prática sindical.

Entendemos que não basta apenas “atrair” o jovem para o movimento sindical, mas é preciso oxigenar o movimento sindical com novas ideias e práticas sindicais que caminhem em direção de um campo fértil para a criatividade e rebeldia das mobilizações que buscam transformar e democratizar profundamente a sociedade brasileira.

Essas e outras questões correlatas têm sido tema de debates no sindicalismo em todo o mundo. No final de abril um evento organizado pela Confederação Sindical das Américas (CSA), por exemplo, reuniu 14 federações de diversos setores do serviço público brasileiro incluindo saúde, municipais, segurança pública e limpeza, em São Paulo. O evento foi financiado pelo sindicato de serviços públicos da Finlândia (JHL) que acompanhou todos os trabalhos e que trouxe exemplos importantes para comparações com o Brasil.

Os sindicatos da Finlândia sofrem um grande desafio no momento, pois o país passa por recessão, como quase toda a Europa, e estão enfrentado velhos e novos desafios. Velhos como o crescimento do desemprego e ataques a direitos trabalhistas. Novos porque a taxa de sindicalização, que chegou a ser no país de 80%, hoje está em 70% (no Sismuc hoje é de aproximadamente 35,2%). Já os sindicalistas estão envelhecendo e é entre os jovens o menor índice de sindicalização. Consequentemente há poucos jovens nas direções dos sindicatos. Eles precisam enfrentar a terceirização dos serviços públicos, reformas no Estado, flexibilização das leis trabalhistas. Uma proposta interessante dos finlandeses é o desconto da sindicalização no imposto de renda e negociação coletiva a partir das federações sindicais. Esse modelo pode servir de base para pensarmos campanhas de sindicalização no Brasil.

O sindicalismo europeu sofre com a distância entre a juventude e as entidades. A juventude atual possui novas preocupações e um novo modelo de organização. Pautas como ambientalistas encabeçam as prioridades. A rede mundial de computadores (internet) passa a ser o panfleto dos anos 60, difundindo mobilizações e opiniões por blogs, páginas de relacionamento, mensagem de texto em celular, etc. Outra grande tendência é do jovem preferir organizações que privilegiem tomadas de decisões horizontais, em outras palavras, que sejam a vontade de uma maioria e não da decisão do “presidente”. Por isso a importância do jovem no movimento sindical: trazer novas sugestões, questionar as velhas e dar nova dinâmica ao movimento sindical.

É fundamental que os jovens possam construir e ter acesso a alternativas de comunicação sindical. Uma campanha de filiação específica para a juventude, acompanhada de sensibilização das direções para a efetivação do jovem como dirigente sindical, também são ações imprescindíveis para melhorar este quadro.

Temos nos apropriado desse debate. Queremos construir uma nova maneira de fazer sindicato, ou seja, de garantir e ampliar os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras. A renovação tem sido feita pelo Sismuc, tanto das pessoas como das ideias. A resposta tem sido cada vez mais em nossas mobilizações e na participação de jovens. Mas sabemos que ainda falta muito para podermos alcançar nossos objetivos. Renovamos nosso site, mas ainda usamos pouco a internet. Temos um jornal de qualidade, espaços de decisões coletivas, mas ainda usamos o termo “presidente”. De qualquer forma nosso sindicato possui a indignação e a rebeldia de uma juventude que não aceita a exploração do ser humano e a destruição do nosso planeta. Lutamos por uma Curitiba melhor, um Paraná justo, um Brasil decente, porque acreditamos que outro mundo é possível.

Enviada por Sismuc ao nosso Blog, Fonte: TIE BRASIL

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Conjuntivite se espalha por SP e Brasil...

Conjuntivite já afeta 120 mil na capital paulista e se espalha pelo Brasil



A capital paulista registrou, do início de fevereiro até o dia
25 de março, 119.148 notificações de casos de conjuntivite. Os dados são do Centro de Controle de Doenças (CCD) da Coordenação de Vigilância em Saúde (COVISA).
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o aumento de notificações de conjuntivite viral fez com que o monitoramento da doença passasse a ser feito, desde 21 de fevereiro, pelo número de casos e não pelo número de surtos, como era anteriormente.
O monitoramento por surto pressupõe a existência de três ou mais casos em uma mesma área. Além disso, a notificação passou a ser compulsória para todos os casos individuais atendidos nos serviços de saúde da cidade.

Dados estaduais:

A Secretaria de Saúde Estadual informou que até o dia 15 de março foram notificados 18,4 mil casos de conjuntivite pelos municípios paulistas. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, a diferença entre os números estaduais e da capital se deve à defasagem da data e à maneira como são contabilizados os casos. Os dados estaduais são baseados em surtos, não em casos individuais.

Alerta a população:

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) emitiu um alerta aos médicos sobre o surto de conjuntivite aguda em São Paulo.
O vírus que tem causado a maioria dos casos de conjuntivite é o Coxsackie A 24 , que é altamente contagioso e tem grande possibilidade de transmissão em locais fechados, como escolas, creches e empresas.
Segundo o Cremesp, a transmissão acontece por meio do contato direto com a secreção do olho de uma pessoa infectada e de maneira indireta por meio de contato com superfícies, toalhas, instrumentos ou soluções contaminadas.
A maioria dos casos em São Paulo tem apresentado hiperemia, reação folicular na conjuntiva tarsal superior e inferior, hemorragia subconjuntival, além de inflamação palpebral leve, moderada ou intensa. O Cremesp destaca que a conjuntivite tem duração média de sete dias. Porém, pode acarretar complicações, como a ulceração da córnea.
O Cremesp alerta que as medidas de higiene e o tratamento adequado da conjuntivite constituem as principais medidas de prevenção.

O órgão elaborou 10 dicas para a população. Veja elas:

1) procurar sempre assistência médica quando surgir sinais de conjuntivite;
2) evitar a automedicação;
3) não usar colírios contendo antibióticos, pois a conjuntivite predominante nos surtos atuais é de origem viral;
4) lavar os olhos somente com água mineral, filtrada ou fervida, de preferência gelada;
5) não lavar os olhos com soro fisiológico ou água boricada;
6) lavar frequentemente as mãos;
7) usar somente lenços descartáveis ou gaze;
8) não compartilhar toalhas, maquiagem para os olhos, colírios e outras soluções;
9) trocar constantemente de fronhas;
10) evitar locais aglomerados, quando da ocorrência de surtos.

Fonte:Marcela Gonsalves e Marília Lopes do Jornal da Tarde

terça-feira, 5 de abril de 2011

Implantação do 6X3 na Basf demarchi



No dia 04 de Abril de 2011,começou pra valer o 6X3 na localidade da Basf demarchi.Uma importante conquista para os trabalhadores(as).Lembramos que esta proposta foi construída a quatro mãos,e se mostrou uma verdadeira aula de consenso e harmonia entre o capital e trabalho.Colocando de um lado a necessidade de uma maior qualidade de vida aos colaboradores e de outro a importância de garantir um processo de produção,com menos horas extras e assim gerando mais empregos de qualidade.A Comissão de Fábrica da Basf Demarchi saúda a todo(as) aqueles que se debruçaram,acreditaram, investiram tempo,dedicação e criatividade para que este sonho se torna-se uma realidade.
Lembre-se sempre,"Não há vitória sem luta!"

Churrasco da CF e CIPA da Basf demarchi



Em um belo sábado de sol ,no dia 02 de Abril de 2011.Os membros da Cipa e da Comissão de Fábrica da Basf demarchi realizaram um grande churrasco de confraternização,em comemoração ao 6X3 na unidade.
Uma grande festa que uniu todos os setores,regada a muita cerveja,refrigerante,linguiça e muita carne assada,uma ocasião especial que reuniu a direção do Sindicato dos Químicos do ABC,trabalhadores terceirizados e colaboradores basf de todas as áreas.Enfim uma verdadeira festa para celebrar mais esta grande conquista da CF e de todos os colaboradores,pois como dizia o poeta Gonzaguinha:
"Viver é não ter a vergonha de ser feliz!"

domingo, 3 de abril de 2011

Grafiteiros detidos em SP ...

 
REYNALDO TUROLLO JR.
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Onze grafiteiros foram detidos pela Polícia Militar por volta das 12h deste domingo enquanto desenhavam em pilastras da estação Santana do metrô, na zona norte de São Paulo. No grupo havia artistas conhecidos, como a dupla Chivitz e Minhau, que assinou uma versão das sandálias Havaianas recentemente, e Binho e Presto, que já participaram de exposições de arte urbana.


Todos foram ouvidos pela polícia e liberados, por volta das 19h. Apesar de terem argumentado, em depoimento, que não estavam pichando, eles admitiram não ter autorização para pintar as pilastras do metrô --e a lei não distingue pichação de grafite.
"Resultado: nós vamos responder por crime ambiental, porque a lei não diferencia o artista do vândalo", disse Binho, 39. Nenhum deles quis comentar sobre a forma da abordagem da polícia.
Os grafiteiros, acostumados a fazer painéis na zona norte, foram abordados depois que a PM recebeu uma denúncia pelo 190, de acordo com o delegado do DPPC (Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania), Paulo Peres.

"Grafitar sem autorização do poder público, nesse caso, que é o responsável [pelas pilastras do metrô], é enquadrado na lei ambiental", diz o delegado. "No artigo 65, os dois verbos estão lá: pichar e grafitar."
O delegado admite, porém, que denúncias contra grafite não são muito comuns --a pichação é mais mal vista pela população. E esse parece ser o argumento do grupo frente à polícia.
"Num minuto a gente estava pintando e passou um carro aplaudindo. Um minuto depois nós fomos presos", contou o grafiteiro conhecido como Ricardo AKN. "A opinião pública é a favor", completou Binho.
"O lugar era todo feio, todo cinza da tinta da prefeitura. Aquele é nosso presente pra cidade", acrescentou Nove, 27.

Todos os detidos reconheceram que já foram parados pela polícia outras vezes, mas disseram que geralmente um diálogo com os policiais e a interrupção da atividade "resolve a situação".
Desta vez, no entanto, eles terão de responder na Justiça. A pena máxima prevista para crimes ambientais é de um ano de prisão, mas, segundo o delegado Peres, a promotoria geralmente propõe uma "transação penal" --como prestação de serviços à comunidade, por exemplo.

GRAFITE X POLÍTICA
Para Chivitz, 34, o que falta é uma política específica e clara sobre o grafite. "Isso faz com que as autoridades, em momentos oportunos, aprovem [o grafite], e em outros, critiquem a atuação dos jovens artistas", diz.
"Se a gente pedir autorização, dificilmente vai ter. Mas depois que a gente pinta, é tudo lindo e maravilhoso. Isso é um típico exemplo de como é fazer arte na cidade", diz Chivitz.
Ele lembra que parte dos grafiteiros que foram detidos hoje, do grupo conhecido como ZN Lovers, já promoveu eventos oficiais de grafite na zona norte --quando foi feito o mural no cruzamento da rua Duarte de Azevedo com a avenida Cruzeiro do Sul, em Santana.
A namorada dele, Minhau, 33, também foi detida. De acordo com ela --que pintava um gato colorido gigante numa pilastra quando foi abordada--, o grupo vai tentar agora negociar com a prefeitura o término dos desenhos, que ficaram pela metade.
Os grafiteiros disseram que estão "em diálogo" com autoridades municipais para legalizar a atividade em São Paulo.