Conjuntivite já afeta 120 mil na capital paulista e se espalha pelo Brasil
A capital paulista registrou, do início de fevereiro até o dia
25 de março, 119.148 notificações de casos de conjuntivite. Os dados são do Centro de Controle de Doenças (CCD) da Coordenação de Vigilância em Saúde (COVISA).
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, o aumento de notificações de conjuntivite viral fez com que o monitoramento da doença passasse a ser feito, desde 21 de fevereiro, pelo número de casos e não pelo número de surtos, como era anteriormente.
O monitoramento por surto pressupõe a existência de três ou mais casos em uma mesma área. Além disso, a notificação passou a ser compulsória para todos os casos individuais atendidos nos serviços de saúde da cidade.
Dados estaduais:
A Secretaria de Saúde Estadual informou que até o dia 15 de março foram notificados 18,4 mil casos de conjuntivite pelos municípios paulistas. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, a diferença entre os números estaduais e da capital se deve à defasagem da data e à maneira como são contabilizados os casos. Os dados estaduais são baseados em surtos, não em casos individuais.
Alerta a população:
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) emitiu um alerta aos médicos sobre o surto de conjuntivite aguda em São Paulo.
O vírus que tem causado a maioria dos casos de conjuntivite é o Coxsackie A 24 , que é altamente contagioso e tem grande possibilidade de transmissão em locais fechados, como escolas, creches e empresas.
Segundo o Cremesp, a transmissão acontece por meio do contato direto com a secreção do olho de uma pessoa infectada e de maneira indireta por meio de contato com superfícies, toalhas, instrumentos ou soluções contaminadas.
A maioria dos casos em São Paulo tem apresentado hiperemia, reação folicular na conjuntiva tarsal superior e inferior, hemorragia subconjuntival, além de inflamação palpebral leve, moderada ou intensa. O Cremesp destaca que a conjuntivite tem duração média de sete dias. Porém, pode acarretar complicações, como a ulceração da córnea.
O Cremesp alerta que as medidas de higiene e o tratamento adequado da conjuntivite constituem as principais medidas de prevenção.
O órgão elaborou 10 dicas para a população. Veja elas:
1) procurar sempre assistência médica quando surgir sinais de conjuntivite;
2) evitar a automedicação;
3) não usar colírios contendo antibióticos, pois a conjuntivite predominante nos surtos atuais é de origem viral;
4) lavar os olhos somente com água mineral, filtrada ou fervida, de preferência gelada;
5) não lavar os olhos com soro fisiológico ou água boricada;
6) lavar frequentemente as mãos;
7) usar somente lenços descartáveis ou gaze;
8) não compartilhar toalhas, maquiagem para os olhos, colírios e outras soluções;
9) trocar constantemente de fronhas;
10) evitar locais aglomerados, quando da ocorrência de surtos.
Fonte:Marcela Gonsalves e Marília Lopes do Jornal da Tarde
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