segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Força Lula,estamos com você...

Ator Paulo Betti:

“Torço pelo Lula  como se ele fosse da minha família”

Por: Marcela Rodrigues Silva do
Jornal da Tarde

 Paulo Betti está no ar em dose dupla na Globo. Como o advogado Jonas, da novela das 6 A Vida da Gente, e como o mau-caráter Wanderlei, cúmplice da gêmea má Raquel (Gloria Pires), em Mulheres de Areia (1993), exibida no Vale a Pena Ver de Novo. Da comparação com os personagens de 18 anos de diferença, surge a satisfação com o presente. Aos 59 anos e de bem com as rugas, ele diz que até ficaria nu, novamente, como fez no filme Casa da Mãe Joana (2008). “Meu corpinho estará lá, se for preciso.” Filho de uma líder espiritual, o ator paulista tirou da infância humilde, ao lado de 15 irmãos, a imunidade para os deslumbramentos da fama. Em conversa com o JT, falou sobre a autocrítica que resiste aos mais de 30 anos de carreira, da admiração pelo ex-presidente Lula e da vontade de voltar à militância política.

 
O retorno do público está maior com dois personagens no ar?Muito e pelos dois. Aliás, o Wanderlei, de Mulheres de Areia, é um papel muito bacana, incrível. Eu não tinha essa noção naquele tempo.

O Wanderlei está fazendo mais sucesso do que o Jonas então?
Não. O Jonas é imbatível. A história de ele dar um cheque de R$ 1 milhão para receber o sêmen do irmão mexe com o imaginário. As pessoas adoram essa polêmica. Fazia tempo que não tinha um personagem tão bacana, bem escrito e estruturado. Estou gostando muito.

Assim como o Jonas, você teve filho jovem e depois dos 50 anos. Sente as semelhanças?
A básica é ele ser casado com uma moça jovem. Eu tive um filho – hoje, com 8 anos –, com uma mulher mais nova (a atriz Maria Ribeiro, de 36 anos). São situações parecidas, porque a novela é muito realista. Mas não sou igual a ele. Eu me dou muito bem com as minhas ex-mulheres e meus filhos.

Vê diferença na qualidade das novelas de antes e agora?
Acho que a Globo sempre fez novelas com o melhor da qualidade do momento, mas uma novela depende muito de dramaturgia, do texto. Se ela é bem escrita, é boa em qualquer época. E existiam algumas péssimas lá atrás.

Aos 59 anos, sente que a carreira mudou em termos de personagens? Os convites diminuíram?
Não. Foram os papéis que mudaram. Em Mulheres de Areia, por exemplo, eu fazia o namorado da menina má. Hoje, faço o pai e o avô. Fiquei fora da TV, porque estava focado em fazer meus filmes como diretor e produtor. Agora, fiquei com vontade de desenvolver o lado ator. E o fato de eu estar no teatro (com a peça ‘Deus da Carnificina’) potencializa o meu desempenho de ator na novela.

Você gosta de fazer TV e teatro ao mesmo tempo?
O teatro é onde o ator afia sua ferramenta de trabalho, que é seu corpo. Deixa ele tinindo.
 
Como sua carreira começou?
Comecei muito jovem, no teatro amador, em Sorocaba (SP). Depois, fiz Escola de Arte Dramática, da USP e fui até professor de teatro na Unicamp. Quando comecei a fazer novela na Tupi e na Globo, já tinha 30 anos.

Você teve a fase da curtição, do deslumbramento?
Não. Sempre fui trabalhador demais para ser deslumbrado. O teatro não dá essa abertura. Cheguei à Globo maduro, já estabelecido como ator e não tive deslumbre com a televisão.

Sua mãe teve 15 filhos. Passou dificuldades na infância, em Sorocaba?
Minha mãe cuidou bem de todos. Ela era líder espiritual na cidade. Meu pai era muito humilde. Estudei em escolas públicas ótimas, fiz ginásio técnico industrial de alta qualidade. Era uma pobreza bacana, ligada à natureza. Não tínhamos excesso, mas o suficiente para uma infância feliz.
 
E você tem religião?
Sou ecumênico. Fui batizado e me crismei na Igreja Católica. Mas admiro o sincretismo religioso da umbanda, a pureza mitológica do candomblé, o budismo e a Congregação Cristã no Brasil. Como diria Guimarães Rosa, bebo de todas estas águas.

Você sempre demonstrou carinho pelo Lula. Como reagiu à notícia da doença dele?
Fiquei muito emocionado quando soube, como se fosse um irmão. Acho que todos os brasileiros sentiram isso. Eu tive a oportunidade de estar com ele algumas vezes e o admiro muito mesmo. Torço por ele como se fosse alguém da minha família.

Atrapalhou você profissionalmente ter ido à mídia opinar a favor dele e do PT?
Toda ação tem uma reação. Evidentemente, quando me envolvi com algum aspecto polêmico, isso me prejudicou. Às vezes, você se coloca numa situação de forma impensada. Não tive prazer nenhum nos momentos polêmicos políticos pelos quais passei.

Arrependeu-se?
Não. Mas faria diferente, teria mais cuidado com as palavras.
Em 1989, você ajudou a produzir o clipe do jingle ‘Lula Lá’, com o Odair José. Quando se interessou por política?
Quando cheguei à Escola de Arte Dramática, em 1972, havia um clima de repressão. Como eu era um jovem que vinha de uma família de lavradores, sentia vontade de ajudar a derrubar o regime militar. Por volta da década de 80, eu estava doido para que aparecesse alguém que me representasse. Aí, apareceu o PT e me identifiquei. Eu me orgulho desse vídeo.

Por que está distante hoje?
Hoje, o quadro político é mais diversificado. Não é preciso concordar com todas as teses do partido, nem ficar ajudando a fortalecê-lo. A militância é mais pontual. Estou distante, mas ainda crítico.

Pretende voltar a militar? Nas próximas eleições, por exemplo?
Em alguns momentos, a coisa fica tão quente, que fico doido para entrar em campo e militar de novo. Geralmente, isso acontece em período de eleição presidencial. Fico doido para ajudar a eleger aquele que acho mais importante e me acende a gana de participação política. E se a conjuntura for estimulante, participarei sim.

Já ficou constrangido em cena?
Às vezes, minha atuação sai tão ruim que me sinto constrangido, mas nunca pela cena em si. E com essa palavra parece que fui obrigado a fazer algo que não queria. Acho que, neste caso, é decepção.
Não pensei em ouvir isso de um ator tão experiente. É crítico?
Demais. Na maior parte das vezes, não gosto do que vejo. Mas se as pessoas gostam… É que eu vejo os meus andaimes. É como um pintor que usa traços para fazer seu desenho e depois apaga para ficar perfeito. Eu vejo estes traços. Mas depois o tempo passa, assisto de novo e acabo gostando.

Em ‘Casa da Mãe Joana’ (2008), você ficou nu. Faria de novo?
Quando a gente entra na escola de teatro, uma das primeiras lições é que o corpo é o instrumento de trabalho. As pessoas acham um escândalo um professor fazer os alunos ficarem nus. É natural. O ator utiliza o corpo para representar papéis, com ou sem roupa. O filme é incrível. Vai ter o 2 e, se for necessário, meu corpinho estará lá.

Você é vaidoso? O que acha dos atores que fazem plástica?
Sou, mas me cuido para ser saudável. Cada um faz o que quer com o corpo. O ator tem de ter cuidado. Se dá errado, perde a expressão. Estou satisfeito com as minhas rugas. Preferia não tê-las, mas a vida é isso, o tempo passa.

domingo, 13 de novembro de 2011

Violência contra a mulher,nunca mais...

25 de novembro: Dia internacional pelo fim da violência contra a mulher.

O sequestro e a morte de Eloá foi mais um exemplo dramático da violência de gênero que nos coloca a necessidade de reforçar a mobilização no dia 25 de novembro: Dia internacional pelo fim da violência contra a mulher.
A morte da adolescente Eloá, de apenas 15 anos de idade, que foi vítima do ciúme e do sentimento de posse do ex-namorado Lindemberg, se transformou em mais um caso de violência contra o sexo feminino, que infelizmente não é um fenômeno raro e isolado, mas algo generalizado e que traz enomes prejuízos para as pessoas, as comunidades e o país. Segundo a mãe de Eloá: "Ele a tratava como uma boneca, era propriedade dele. Ele disse que se ela não fosse dele não seria de mais ninguém".
 
Alguns dias depois do caso Eloá, um outro jovem da mesma idade de Lindemberg, Daniel Pereira, matou a ex-namorada Camila Araújo, de 16 anos, na frente de um bebê de menos de 2 anos, filho dos dois. No dia 24 de outubro, um homem de 46 anos atirou contra sua mãe, sua esposa, os três filhos e depois se suicidou, no Centro de Franca. No dia 25 de outubro, no bairro de Pau de Lima, em Salvador, o mecânico Genivaldo Pereira, de 20 anos, manteve sob sequestro, por mais de 12 horas, a ex-namorada Driele Pitanga Santos, de 18 anos, grávida de oito meses. Neste caso o agressor libertou a refém e não ofereceu resistência à ação policial e não negou o crime.
 
Mulheres vítimas da violência de gênero fazem parte de uma triste realidade no Brasil há muito tempo. Por exemplo, o assassinato da jornalista Sandra Gomide pelo diretor de redação de O Estado de São Paulo, Antônio Pimenta Neves, mostra que a violência contra a mulher atinge todas as classes sociais e estratos educacionais. Pimenta Neves se achava dono da vida de Sandra pois foi ele quem a contratou e a promoveu. A morte da jornalista foi o desfecho trágico de uma série de violências que começou com a demissão, as ameaças, a perseguição e a intimidação. Ele a considerava sua posse e sua presa e não admitia que ela pudesse ter uma vida independente e livre. Crimes como este são comuns e a impunidade faz com que se reproduzam nas relações contidianas e se perpetuem ao longo das décadas.
 
Mas além destes atos criminosos, a violência contra a mulher ocorre de várias formas:
 
·        No mercado de trabalho as mulheres estão, na média, em piores ocupações e auferem menor remuneração; são discriminadas nos processos de admissão, promoção, capacitação e ocupação de cargos de chefia; sofrem com o assédio sexual e o constrangimento sexual por parte de seus superiores hierárquicos.
·        As mulheres são as principais vítimas da violência ocorrida no âmbito doméstico. As lesões corporais produzidas por agressões físicas (socos, bofetões, pontapés e objetos que machucam) são a principal queixa das mulheres, seguidas das ameaças de morte e outros danos, pelo estupro (quando a mulher ou mesmo esposa é obrigada a manter relações sexuais sob ameaça ou violência) e o atentado violento ao pudor.
·        A violência sexual se dá através de atos libidinosos, atentado ao pudor, sedução e abuso sexual que, podem não deixar marcas físicas, mas podem deixar seqüelas psíquicas irreversíveis. As crianças são as principais vítimas da violência sexual no âmbito doméstico, das práticas de pedofilia ou dos casos de prostituição infantil, quando as meninas são sexualmente exploradas, gerando lucros para uma ampla rede de cafetões.
 
A violência de gênero é um problema não só brasileiro, mas mundial, que atinge as mulheres independentemente da idade, cor, etnia, religião, nacionalidade, opção sexual ou condição sexual. A violência contra a mulher tem um efeito social perverso, pois afeta o bem-estar, a segurança e o crescimento pessoal e auto-estima feminina.
 
Para dar maior visibilidade ao tema, o dia vinte e cinco de novembro foi definido como Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher. A data foi instituída durante o 1º Encontro Feminista Latino-americano e do Caribe (Bogotá, 1981) e reverencia a memória das irmãs Mirabal, brutamente assassinadas na República dominicana durante o regime do ditador Trujillo, em 1960.
 
Para que o dia 25 de novembro – Dia internacional pelo fim da violência contra a mulher – não passe em brancas nuvens é preciso uma tomada de consciência e uma mobilização nacional para combater a epidemia da violência. É preciso, por exemplo, colocar em prática e tornar efetiva a Lei Maria da Penha em todo o território nacional. Mas antes de tudo, é preciso mudar a cultura machista e combater as desigualdades de gênero em todos os seus aspectos.

Exterminem a todos os selvagens...

Artigo de Mariano Vázquez sobre o imperialismo e suas atrocidades

Escrito por: Crônicas de este mundo


Já não se fala de Kadafi. Foi assassinado por uma turba. Como memória de séculos, certa parte do mundo parece apontar seu curso de atrocidades para os mais faltosos com sua própria insígnia. Deem uma passada de olhos e vejam o catálogo de horrores dos “civilizados”.
Tiro da estante um de meus livros favoritos. O coração das trevas (1899), de Joseph Conrad, escrito ao calor do colonialismo belga no Congo. O conceito é simples: o direito das “raças superiores” a aniquilar às “raças inferiores” sem piedade nem consciência alguma. “Exterminai a todos os selvagens”, delira Kurtz. O direito divino de matar. A Europa “iluminada” que exterminou a povos inteiros de todas as latitudes, dos quatro continentes, em nome da civilização. Os afãs de riqueza inventaram justificativas políticas, filosóficas e científicas para endossar o extermínio massivo de todos os “selvagens”.
Amigo de Conrad, admirado por ele, Cunninghame Graham, escritor escocês de ideias socialistas, escreveu em 1898: “Independentemente de como atuemos pareceria que tão somente com nossa presença nos tornamos uma maldição para todos os povos que conservaram sua humanidade original”.
Sobram os exemplos: guanches, benianos, derviches, tasmanianos… O carimbo de exterminados caiu sobre suas culturas.
Como as marcas obscuras da colonização americana. Conquistar, roubar, matar, escravizar. Uns 70 milhões de habitantes havia na América até a chegada de Colombo. Cifra similar na Europa. Nos 300 anos seguintes a população do velho continente cresceu até 500%; a originária destas terras decresceu até 95%.
As técnicas de extermínio: Matança,fome, enfermidades, trabalho forçado.
Séculos e séculos depois, as novas organizações legitimadoras das cruzadas neocoloniais seguem sua faina. O Conselho de Segurança da ONU e seu braço armado, a OTAN, se jogaram rapidamente sobre a Líbia, a bombardearam sem piedade durante sete meses, até que em 20 de outubro conseguiram levantar o troféu mais apreciado: a cabeça de Muamar Kadafi. Um par de dias antes, a secretária de Estado norte-americano, Hillary Clinton, esteve em Trípoli e anunciava premonitoriamente que seu país queria o líder líbio “vivo ou morto”.
Kadafi o disse. Ele ia morrer combatendo apesar da descomunal força que se abateu sobre seu país. Cumpriu sua palavra. Como cachorro sarnento foi chutado e arrastado. Em sua terra natal. Em sua cidade de nascimento. Em Sirte. Um avião de combate francês Rafale, e um Predator norte-americano dispararam contra o comboio no que dizem que fugia, depois das forças especiais do Catar o entregarem na bandeja a uma turba de mercenários do Conselho Nacional de Transição líbio (CNT), que o golpeou até desfigurá-lo e logo lhe disparou na face. Sangue muito frio. Imagens pornográficas transmitidas pelas cadeias mundiais de televisão. A “justiça” imperial atua assim. Os portadores da luz. A democracia de manual.
Quando o butim é suculento há um só plano: o desejo do forte. Porque isso se sabe de antemão: a lei é para regular e submeter ao fraco.
Disse Hannah Arendt, em seu livro As origens do totalitarismo (1951): “O imperialismo necessita do racismo como a única desculpa possível de seus atos. Terríveis massacres e selvagens assassinatos no estabelecimento triunfal de tais métodos como políticas exteriores comuns e respeitadas”.
E um pouco mais de cem anos Herbert Spencer, em Parasitas Sociais (1850): “As forças que trabalham pelo resultado feliz do grande projeto não têm nenhuma consideração com os sofrimentos de menor importância, exterminam a estes setores da humanidade que estorvam em seu caminho”.
O historiador Sven Lindqvist, inspirado também em Conrad, liga o ventilador em Exterminai a todos os brutos: “A destruição europeia das ‘raças inferiores’ de quatro continentes abriu o caminho para que Hitler aniquilasse a seis milhões de judeus. A expansão mundial europeia acompanhada de una desavergonhada defesa do extermínio, criou hábitos de pensamento e precedentes políticos que abriram caminho para novas atrocidades”.
À sombra das palmeiras(1907) foi escrita por Edward Wilhelm Sjöblom, sobre sua experiência no Congo em 1892. Disse sobre os negros: “O melhor deles é apenas bom para morrer como um porco”.
Voltemos a Lindqvist: “No meio do século XIX começaram os barcos a vapor a levar canhões europeus ao interior da Ásia e da África. Com eles se iniciava uma nova época na história do racismo. Muitíssimos europeus interpretavam esta superioridade militar como uma superioridade intelectual ou, ainda, biológica”.

Balas e canhões: a guerra asséptica
O horror do fogo chegando desde o mar. As canhoneiras rugem desde o mesmísssimo inferno. O descreve Conrad em sua obra Um vagabundo das ilhas (1896): “A terra está escorregadia de sangue, as casas estão em chamas, as mulheres gritam, as crianças choram, os moribundos arquejam buscando ar. Morrem desvalidos, golpeados, antes de haver podido enxergar os seus inimigos”.
Se pergunta Lindqvist: “Que sentia o rei de Benin quando era perseguido nos bosques como um animal selvagem, enquanto sua capital estava envolta em chamas? Que sentiu o rei Ashante quando, arrastando-se, se aproximava das caixas de biscoitos para beijar as botas dos senhores britânicos? Ninguém lhe perguntou. Ninguém escutou aos que haviam sido submetidos pelos deuses das armas. Somente, alguma rara vez, lhes ouvimos dizer algo”.
A voz que ouvimos hoje é a uniformidade do poder. Cuidado, haverá novas notícias na hiperdemocracia imperial. Objetivo: Irã. O novo fetiche-obstáculo a exterminar. Novos selvagens devem desaparecer da face da terra. A luminária ocidental está focada na Ásia.

Pós data:
Para os europeus colonizadores da África os negros eram cachorros. Cães fracos de costelas ondulantes. Cães que nem porcarias mereciam comer. Matar a um cachorro não era delito, nem condenável. Era normal e necessário. Cães, negros. Negros, cães. Somabulano, líder africano da Rodesia, as terras da África do Sul que hoje se conhece como Zâmbia ou Zimbábue, disse em 1896: “Vocês chegaram. Vocês triunfaram. Os mais fortes tomam o país. Nós aceitamos seu domínio. Vivemos submetidos a vocês. Porém não como cães. Se temos que ser cães é melhor morrer. Nunca conseguirão converter a Amandabele em um cão. Podem nos eliminar, porém os filhos das estrelas jamais seremos cães”.
Tradução: Leonardo Severo-Fonte:Site da CUT SP