segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Vitória dos trabalhadores em greve no Maracanã....

Os operários que trabalham na reforma do Maracanã entraram em acordo com o consórcio "Maracanã 2014", que é responsável pela obra, e encerraram na manhã desta segunda-feira a greve que já durava cinco dias. Assim, acaba a paralisação que ameaçava atrasar a entrega do principal estádio do Brasil para receber a Copa do Mundo de 2014 - o local será palco da grande final da competição.

Foram cinco dias de greve dos operários

A comissão que representa os funcionários do local e os representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Pesada participaram de diversas reuniões no domingo com as empresas que formam o consórcio "Maracanã 2014", Odebrecht, Delta e Andrade Gutierrez, e com o vice-governador e secretário de Obras do Rio, Luiz Fernando Pezão. E, enfim, houve acordo entre as partes.
A paralisação começou na última quarta-feira, após um acidente com um funcionário no canteiro de obras. Carlos Felipe da Silva Pereira fraturou o joelho ao cortar um barril com uma solda, que explodiu e o arremessou por uma distância de dois metros. O caso foi o estopim para o protesto dos operários que reformam o Maracanã, que passaram a exigir melhores condições de trabalho.
Os quase dois mil funcionários do local exigiram do consórcio um aumento salarial e a disponibilização de um plano de saúde - até então, eles trabalhavam amparados apenas por um plano limitado do sindicato. Durante a greve, os trabalhadores chegaram a fazer um protesto em frente a um dos portões de entrada do Maracanã. E foi preciso até ser marcada uma audiência de conciliação na Justiça.
Segundo o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, que acompanhou as conversações, a proposta oferecida aos operários inclui aumento de 60% na cesta básica, que subiria para R$ 160,00, abono salarial dos dias de paralisação, estabilidade de um ano para a comissão que negociou as reivindicações e equiparação do plano de saúde dos operários ao dos encarregados da obra, entre outros tópicos.
Fonte:Folha de São Paulo

domingo, 21 de agosto de 2011

McDonald's paga R$ 70 mil a funcionário que engordou....

FONTE:FOLHA DE SÃO PAULO

No Rio Grande do Sul, o McDonald´s pagou R$ 70,5 mil a um ex-funcionário que entrou na Justiça por ter engordado cerca de 30 kg nos 12 anos em que trabalhou na companhia.
No processo, que teve início em 2008, Edson Zwierzinsky alega que, como gerente, era obrigado a provar os alimentos da franquia.
"[Ele] tinha de experimentar, diariamente, quantidades variáveis de refrigerante, hambúrguer e batata frita", afirma o advogado de Zwierzinsky, Vilson Martins.
O Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (Rio Grande do Sul) decidiu que há relação direta entre os quilos que o ex-gerente engordou e o trabalho que ele teve que desenvolver.
Os R$ 70,5 mil que deverão ser pagos ao trabalhador devem-se a danos morais, danos materiais --custos do tratamento de obesidade--, danos estéticos e outros direitos trabalhistas.
Ainda era possível entrar com um recurso, contestando a decisão, mas a franqueada do McDonald´s na região, Kallopolli Comércio de Alimentos, firmou acordo em março deste ano para pagar a quantia.
Em nota enviada à Folha, a franquia afirma que "oferece a seus funcionários um cardápio variado que atende à legislação brasileira" e que "incentiva seus funcionários à adoção de hábitos saudáveis".
Segundo familiares de Zwierzinsky, ele está fazendo tratamento para emagrecer.

A gargalhada,uma nova classe social...

Classe "A gargalhada" foge dos critérios tradicionais de pesquisas de classes
FONTE:FOLHA DE SÃO PAULO

Os muito muito ricos escapam dos critérios de classificação de renda usados por institutos de pesquisa.
Para suprir essa carência, publicitários, marqueteiros e pesquisadores inventaram uma nova categoria, bem acima da tradicional classificação de classes A, B, C, D e E: a classe A gargalhada.
A alcunha não vem da máxima de que rico ri à toa. É onomatopeico: AAA.
E, por ser informal, a definição da renda dos "triple A", para usar o jargão do mercado financeiro, depende do interlocutor.
Para Antonio Fadiga, sócio da agência Fischer & Friends, a classe AAA tem pelo menos dois carros importados na garagem, casa na praia ou no campo e renda individual acima de R$ 50 mil.
"Hoje você fala em classe A e pensa no cara que tem carro zero na garagem, viaja para o exterior, tem filho na faculdade e um negócio", diz Fadiga.
"Mas e se o carro é um 1.0, a viagem foi de pacote para o Paraguai, a faculdade custa R$ 400 e o negócio é um mercadinho? Aí você está falando do 'seu' Tião."
Para Renato Meirelles, presidente do Instituto Data Popular, a A gargalhada tem um caráter emergente: bolso de classe A e cabeça de classe C.
"É o sujeito que tinha um mercadinho e hoje tem uma rede de supermercado. Gosta de cores primárias, Ferrari amarela. São essas pessoas que movem hoje o mercado de luxo."
CRITÉRIO BRASIL
"A A gargalhada está tão distante do resto da sociedade que nem entra nos critérios existentes de pesquisa", diz a publicitária Cristina Freire, consultora de planejamento estratégico.
Pelo chamado Critério Brasil (CB), definido pela Abep (Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa), o topo da pirâmide, a classe A1, tem renda familiar superior a R$ 11,48 mil. Mais ou menos o preço de um relógio Cartier ou de um terninho Armani.
O CB define as classes com base na posse de bens, quantidade de banheiros, escolaridade do chefe de família e se tem empregada mensalista ou não.
Hoje, porém, 68% dos jovens da classe C estudaram mais do que os pais. E ter computador e celular (itens não incluídos no CB) hoje diz mais sobre o consumidor do que a posse de um rádio.
"A proliferação do crédito acabou com o Critério Brasil", diz Meirelles. "O critério é uma pesquisa séria. Mas, como todo critério, é arbitrário."
Ainda que defasado, o CB continua sendo a principal referência para anunciantes e publicitários definirem a compra de mídia (espaço publicitário).
A Folha procurou a Abep, que não quis dar entrevista. Meirelles defende o estabelecimento de outro critério, diferente também do critério de renda familiar do IBGE, para dar conta das mudanças socioeconômicas que estão ocorrendo no país: a renda per capita familiar.
"A renda familiar não distingue uma família de duas pessoas de uma de seis pessoas", diz Meirelles, que está contribuindo para o desenvolvimento de um novo critério de classificação socioeconômica para a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República.