Popularização das motos contribui para maior número de ocorrências
Estudo divulgado ontem pelo Instituto Sangari apontando crescimento no número de motociclistas mortos em acidentes de trânsito nos últimos dez anos, que complementa o Mapa da Violência 2011, analisa como principal fator para o incremento de casos fatais o crescimento da frota na última década, que foi de 368,8%.
“Há 30 anos, as motos representavam parcela praticamente insignificante do total de veículos. Era visto como um artigo de luxo e era inacessível à população. A partir da década de 90, houve a popularização das motocicletas.”, afirmou o pesquisador responsável pelo estudo, Julio Jacobo.
“Há 30 anos, as motos representavam parcela praticamente insignificante do total de veículos. Era visto como um artigo de luxo e era inacessível à população. A partir da década de 90, houve a popularização das motocicletas.”, afirmou o pesquisador responsável pelo estudo, Julio Jacobo.
O professor e especialista em Transporte Urbano Creso de Franco Peixoto, destacou outro problema que contribuiu com o aumento do índice.“A lei que obrigaria o motociclista a trocar o capacete no final da vida útil do equipamento, que é de três a cinco anos, não foi colocada em vigor. O capacete muito velho, com o tempo, acaba perdendo a capacidade de absorção de impacto da caixa craniana. Isso prejudica o usuário em caso de acidente.”
Peixoto citou as alternativas que podem contribuir para mudança desse cenário.“Tem de ser feito trabalho indireto de capacitação do transporte público urbano para tirar esses motociclistas das ruas, porque esse não é um meio seguro. Além disso, são fundamentais a conscientização e maior fiscalização, com grande campanha mostrando que o corredor de moto entre os carros acaba tendo o significado de morte”, finalizou.
Mesmo sendo feito há 12 anos, o Mapa da Violência, que em fevereiro divulgou o aumento do número de homicídios no país, ainda não tem efeito na prática, segundo o pesquisador. “Ainda é tímida a aplicação, mas já há alguns resultados em políticas públicas baseadas em nossos estudos”, pontuou.
Fonte:Diarioregional
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